“No tiro com arco no sentido tradicional, que o considera como arte e venera como herança do passado, o japonês não vê um desporto, mas sim, por estranho que pareça, uma prática ritual. Deste modo entende por “arte” do tiro com arco, não um exercício corporal destinado a treinar faculdades desportivas, mas sim uma capacidade que encontra as suas raízes em exercícios espirituais e cujo objectivo consiste num encontro espiritual: o arqueiro aponta para si mesmo, e daí pode resultar um encontro consigo.”
Eugen Herrigel, Zen e a Arte do Tiro com Arco, 1948, pp. 11-12
Esse livro é muito bom!
É, não é?! E quando se lê à luz do Tai Chi faz muito sentido também.
Por causa deste texto, li o livro. E pegando no último comentário, acredito (cada vez mais) que existem vários traços comuns a todas as artes (pelo menos as ditas “interiores”) orientais. Realmente um belíssimo e grande pequeno livro.
Também achamos que sim, António, que há algo que une as artes internas. Obrigada por partilhares a tua opinião! Um abraço.